Porque a informação tem sido parca e os acontecimentos nos parecem relevantes, um local onde se reúnem documentos.

São tão necessários quanto bem-vindos todos os contributos, independentemente das posições ou perspectivas assumidas perante os factos, para faladagrecia@gmail.com.


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

13 de Janeiro de 2009


Notícias:


International mainstream media report this morning that the planned US shipment of ammunition from Greece to Israel has been canceled. The reason for this is still a bit unclear: While the international media claim the decision was made by the Pentagon in light of the proximity of the Israeli port of Ashdod (the shipment’s destination) to Gaza, Greek mainstream media paint a very different story: According to this, the shipment has been called off by the Greek government - here’s a translation of an abstract from the news as carried by news portal in.gr:

As reported in the newspaper Ta Nea (The News), for hours the phone lines between Washington and Athens were on fire until it was decided, on Monday, that at this point the operation publically announced by the American Navy should not go ahead.

The decision came despite the fact that outside the greek port of Astakos was a ship of the American Navy that would be used to transport the shipment in 235 containers.

The greek government and the ministry of foreign affairs have been uneasy about the publicity received by the issue and so, despite the (political and legal) commitments in place, the huge political cost of the operation outweigh them, since the country would have been directly implicated in the forwarding of ammunition to Israel whilst its attack on the Gaza strip is ongoing.

On Saturday (10.01), the Popular front for the Liberation of Palestine had called upon “the Greek movement, the Greek people and all international progressive forces to halt the planned shipment of U.S. arms to Israel from the Greek port of Astakos” (read the full callout here). During the following two days, tens of groups across the country responded to the callout, by calling in turn for a demonstration and blockade of the port of Astakos for Thursday, 15.01.

Only one day later, the shipment has been canceled! A small, but so significant victory… Comradely greetings to our brothers and sisters in Gaza.

(http://www.occupiedlondon.org)


Les Etats-Unis ont dû annuler la livraison prévue de munitions dans un entrepôt américain en Israël depuis un port grec, face aux objections d’Athènes, selon un porte-parole du Pentagone.

“The workers will have the last word - not the media bosses”



Artigos:

(Post a propósito do debate sobre a revolta na Grécia que teve lugar a livraria Pó dos Livros)

A outra face não

O sectarismo é uma tentação demasiado irresistível quando falo do Daniel Oliveira para poder resistir. Este e o Rui Tavares tentaram transformar um debate sobre a(s) revolta(s) na Grécia numa extensão da discussão sobre a violência no combate político. A leviandade dos argumentos – travando o debate como se fosse na tribuna pública do “Eixo do mal” - disfarçada pela convicção esforçada não esconde as banalidades transformadas em grandes verdades políticas. O conceito de violência de Daniel Oliveira baseia-se na capacidade/possibilidade de impor medo, escamoteando qualquer utilização da violência em contextos de resistência ou de confrontação com um inimigo que utiliza as mais sofisticadas tecnologias repressivas. Provavelmente porque Oliveira vê a Política como um jogo onde adversários disputam o Poder e não como uma transversalidade da realidade em que a disposição do Poder implica confrontação (violenta ou pacífica) no sentido de diminuir a efectividade e/ou destruir os aparelhos de repressão. A resposta parece emergir de uma qualquer nebulosa criativa, de práticas que Daniel Oliveira nunca explica quando de forma maniqueísta diferencia violência e criatividade e, também, inteligência e violência. As banalidades não são menos inócuas quando repetidas convictamente. As práticas marginais ao Estado de Direito parecem ser a besta negra de Daniel Oliveira, talvez porque, ao contrário dos que lutam na Grécia, em Oaxaca ou no Nepal, não vê construção política e disposição do Poder para além do Estado. Parece ser sempre um problema de governamentalidade.

"Paco" Menéndez
http://www.spectrum.weblog.com.pt/

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